Tô recomeçando
Passando o pano que não enxuga o prato
Tem zé me tirando
Me dizendo que só falo fantasia
E no fim escondo o fato
Feito aranha que no sono desce até a boca
Despejando sua toxina
Até parece, tô olhando pro meu Facebook
Tá na hora de fazer uma faxina
Aos olhos dos desavisados
Que renegam o que toca ao seu redor
Ouçam mil altos falantes lá do alto
Vem gritando até a pista seu protesto-mor
Nós herdamos o futuro que jogaram no abismo
Mas se eu falar que quero tudo de volta
Vão dizer que eu pratico Deboísmo
Né isso?
Tomam a frente e me representam
Diz que sou desqualificado
Qual o curso que eu faço
Pra saber que é um peso e uma medida
Tudo junto na farinha que vem do mesmo saco?
O tal canalha é uma raça unida
Tem a meta de acabar com sua autoestima
E no hype da sua ignorância, boy
Vou surfando tipo Gabriel Medina
Engole agora esse ácido, moço
Vim aqui pra te dar muita azia
Se você passa mal com o esboço
O mordomo tava certo
Tem gente só querendo ver o circo pegar fogo
Toda vez que bactéria fala eu choro
Porque tenho que limpar minha mente com um galão de cloro
Anestesia por favor, eu pago
Eu cansei de gastar neurose
Tô sentado de boinha
Esperando paciente quando dar o bote
Miro livro e acerto estante
Receita pra limpar a vista
Veja bem, não falei de revista
Moldo sabedoria
Feito bala que também é alvejante
Ainda que eu ande pelo vale da sorte
Não conto com isso, porque venho preparado
A chance de matar com uma linha é minha
Costurando sua mente antes de ser alvejado
Recado tá dado