Licio Gomez Licio Gomez - Kobayashi Maru

O frio que faz o vácuo das palavras pelo espaço
Vazio que faz o traço de quem escreve e nada fala
Não acorda pra dizer que sabe que eu não estou aqui
Estou distante feito a luz que apaga o que eu corri
Você não sabe os danos
Lágrimas secando ao sol
Dispensamos panos
Ver a trajetória até o fim
Você não sabe os planos
Só o erro que me fez admitir
Somos só enganos
Eu bem mais do que você
Dois lados da mesma retina
Ouve quem fala e nada ensina
Areia que se move lentamente pra me afogar
Dias não ligo nada, quero hibernar
Mas se falo algo, agora tudo é drama
Durmo pro futuro feito Futurama
Karma congelado, o que for são tá salvo
Joias que não trazem de volta seu valor
Cruel infinito expõe aos poucos dor
O sabor é zero e me cerca como estéreo
Denso como a neblina que acompanha o mistério
Quem descobriu a cura de quem morde a própria cauda
O efeito borboleta na barriga, mas não sei a causa
A catarata cega se não olha através das águas
O mercúrio entrega as frases, no garimpo mata
Cabeça dilata, força a distância que nem orelha alarga
Crise nas infinitas terras, se conserto, estraga
Conservando o que era bom sem abrir a lata
Levando o orgulho para passear
Vai que dá certo e ninguém se mata
Deixa fluir
Desaba água o que tá seco sara
Deixa fluir
Se a vontade é pouca fica contra gota
Deixa ruir
Pra levantar de novo antes de cair
Deixa ruir
Crafitar sementes, germinar somente só
Você que não me conta
Débito automático
Eu que não adivinho
Como guru sou falho
Contei os meus defeitos
Eles estavam gastos
Espero que ignore o recomeço do fracasso